sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

COMENTÁRIO REVISTA ADULTOS CPAD 2011 - ATOS - LIÇÃO 1 - A ação do Espírito...

LIÇÃO 1 – ATOS - A Ação do Espírito Santo Através da Igreja


“Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós;
e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e
Samaria e até aos confins da terra” (At.1:8).

INTRODUÇÃO

O comentarista logo na introdução da lição nos lembra dos defeitos da igreja primitiva. Isto é para mim um dos pontos fundamentais para melhor assimilação das lições deixadas para nós na bíblia.
Gosto de falar dos defeitos dos personagens bíblicos, por que fazendo isso, me sinto mais próximo da realidade que eles viviam.
Parece estranho dizer isso, mas instintivamente somos todos assim. Já viu como traz alarde em nossas salas de estudos bíblicos o pecado de Davi? Que absurdo! (dizemos inconformados...) um homem segundo o coração de Deus... "lamentável" (dizemos).
Já viu também como torcemos o nariz quando vemos o Pai da fé, fraquejando na fé, dizendo que Sara não era esposa dele, e sim “irmã”?
Os pregadores mais ferrenhos usam nomes pesados para descrever a atitude dos personagens bíblicos em determinados momentos de suas vidas, já ouvi alguém, por exemplo, xingar Jonas de “covarde, medroso, fujão”.

Se fossemos levar em consideração o contexto cultural dos mesmos que xingamos, seríamos no mínimo mais compreensíveis, amáveis e exerceríamos a empatia com mais frequência, aliás muitos desses que xingam JONAS de “fujão”, fogem também de pregar em igrejas que não possuem condições de pagar seus cachês absurdos.

Mas para mim os defeitos de qualquer personagem bíblico faz com que eu me sinta mais perto de Deus. Por que vejo Deus usando pessoas falhas que tropeçam, nos mesmos erros que eu.

Olhando a igreja primitiva sob esta perspectiva, percebemos que nossas igrejas, lá onde congregamos semanalmente, independente das condições financeiras e dos contextos sociais ali inseridos, tem condições de viver um genuíno avivamento.

A igreja primitiva não era perfeita, nós também não somos. E mesmo assim Deus operou lá, e opera em nosso meio também.

Há em nossos dias cristãos que tem uma concepção de que a igreja de nossos dias deve ser o exemplo de perfeição e santidade, e eu não discordo disso, acredito também que somos chamados para sermos sal e luz. Mas não podemos ser absurdamente exigentes e perfeccionistas por que nós também não somos perfeitos.
Essas pessoas isolaram algumas passagens bíblicas que dizem respeito à igreja primitiva e pensam que a igreja de Atos 2 era a mais perfeita de toda história. Hoje em dia existem pessoas que trocam de igreja como se estivessem trocando de roupa. Congregam num lugar, quando encontram um problema seja ele qual for, elas se entristecem e vão para outra. Mal sabendo eles que lá na outra igreja que eles vão, encontrarão os mesmos problemas que tinham onde estavam, se não forem ainda piores.

Esse tipo de comportamento é o que a bíblia chama de inconstância. E pessoas assim são chamados em Efésios de meninos inconstantes:

 para que não sejamos mais meninos inconstantes, levados em roda por todo vento de doutrina(...)Ef.4:14 RA.


AUTORIA, DATA E TEMA
Esse ponto é importantíssimo. Lucas deu muito valor a estas informações, visto ser ele um historiador. Isso fundamenta o assunto que estamos a tratar. O livro dos Atos, não é um conto machadiano, não é uma história de Monteiro Lobato, ou de qualquer romancista. Estamos tratando sobre a Palavra de Deus, e os fatos têm data e local onde ocorreram e isso precisa ser colocado. Lucas estava preocupado em passar as informações que possuía de forma mais exata possível, ele afirma logo no primeiro verso:

  Escrevi o primeiro livro, ó Teófilo, relatando todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar (At.1:1)

Quem seria este Teófilo? Na verdade pouco sabemos mas podemos afirmar com segurança que era um amigo muito próximo de Lucas, e que era uma pessoa de um respeitável posto social, haja vista a maneira como Lucas se dirige a ele principalmente numa ocasião anterior,

Lucas cap. 1:3 ...igualmente a mim me pareceu bem, depois de acurada investigação de tudo desde sua origem, dar-te por escrito, excelentíssimo Teófilo, uma exposição em ordem...

Há quem diga também que este Teófilo tinha a nobre função de “patrocinar” o ministério de Lucas.

Data de composição
Lucas conclui os Atos dos Apóstolos entre os anos 61-63. Como ele fazia, para escreve durante as viagens? É certo que o cuidado era maior. Será que ele imaginava a importancia doque tinha em mãos? enrolado em algum pano ou bolsa, durante suas longas viagens? não sei.
Lembremos de que Lucas não participou de todos os eventos registrados no livro. Nós só podemos perceber que ele está participando do fato quando ele escreve na 3ª pessoa, “nós” , “fomos” , “partimos” , “chegamos” ... fora isso, Lucas narra somente os fatos baseado nas duas pesquisas, com certeza ele entrevistava pessoas, ou os próprios apóstolos na prestação de contas que apóstolos prestavam a igreja em Jerusalém... Já viu como são os apóstolos de hoje?
Não importa onde estejam ou onde desejam ir, eles SEMPRE COLOCAM SEUS PRÓPRIOS NOMES EM EVIDÊNCIA... Jesus, de vez em quando é convidado à participar.

Lucas encontrará alguns problemas (que pena ter que ser eu a pessoa a lhe dizer...) em algumas situações que vou tentar enumerar.

1 – a tentativa de focar a educação de Paulo estritamente em Jerusalém...
Percebemos na formação cultural de Paulo, influencias de outras escolas e não somente às de Jerusalém, como Lucas coloca. Quem quiser observar mais detalhes sobre este assunto, pode consultar o livro “Paulo, uma análise crítica” escrito por um padre dominicano irlandês chamado
Jerome Murphy-O'connor.

2 – lá na frente, no momento que será narrado o momento do naufrágio do barco em que Paulo está. Tem hora que o barco está naufragando e tem hora que está navegando novamente. Mas isso deve ser problema com os copistas.

3 – um erro bastante comum, é toda vez que vamos fazer uma biografia Paulo é basearmos TODA narração estritamente  ao livro de Lucas, e encaixarmos no livro lucano trechos do que Paulo escreve em suas cartas... isso é bastante comum. Quando o mais correto é...  já que nos propomos a fazer uma biografia de Paulo, a preferência para organizar a análise deve partir DAS PRÓPRIAS CARTAS DE PAULO, claro!!!! Se a biografia é de Paulo, como que VOCÊ quer ler o que Lucas disse sobre ele??? Aí sim... depois que lermos tudo que Paulo disse de si mesmo, podemos ir encaixando as palavras de Lucas a narração paulina, o contrário é falta grave. O’cconor, diz isso melhor que eu seu livro, Paulo, uma análise crítica.

Pronto. Chega. Não vou mais fazer críticas.
É que este ponto é para frisar a data em que foi escrito. O período foi longo. As viagens naquela época levavam anos para terminar. Os pontos que coloco aqui poderão ajudar nisto.
Lucas coloca a historicidade em foco. O que ele está a narrar encontra apoio na história.

Tema
Não temos dúvidas que o assunto principal no livro de Atos é missões.
Em Atos encontramos a igreja se expandindo, crescendo. Principalmente entre os gentios.
Passei numa livraria evangélica por esses dias e vi um livro que trazia em sua capa um titulo ligado a missões e em baixo do tema vinha uma divisa que dizia, depois do Atos dos apóstolos eis aqui o livro que ensinará as missões de sua igreja. É uma pena eu não me lembrar do nome do autor nem do nome do livro, mas lembro-me de estar ligado a alguma coisa com PROPÓSITOS. Não é difícil de encontrar.

Me surpreendi com a humildade do autor do livro que citei no parágrafo acima.
Sim por que, depois de Atos, temos ainda 13 cartas do apóstolo PAULO, e segundo o autor que mencionei, o livro dele próprio deveria estar entre os Atos e as Cartas de Paulo...

Não sei por que ainda me surpreendo algumas coisas que vejo no meio da igreja em nossos dias...

O livro que fala de missões à igreja em todos os tempos deve ser o livro de Atos. Não podemos ficar indo atrás de revelações e profecias para descobrirmos estratégias para utilizar na igreja local, onde congregamos.

O CONTEÚDO DE ATOS DOS APÓSTOLOS


1 – eventos pré pentecostais

1.1  a ascensão de Cristo / este fato histórico é extramamente importante para tudo que encontraremos em Atos, é a base principal de tudo que os apóstolos pregarão para as pessoas. Lucas resume este fato assim:
               
                1Fiz o primeiro tratado, ó Teófilo, acerca de tudo que Jesus começou, não só a fazer, mas a ensinar, 2até ao dia em que foi recebido em cima, depois de ter dado mandamentos, pelo Espírito Santo, aos apóstolos que escolhera; 3aos quais também, depois de ter padecido, se apresentou vivo, com muitas e infalíveis provas, sendo visto por eles por espaço de quarenta dias e falando do que respeita ao Reino de Deus. 4E, estando com eles, determinou-lhes que não se ausentassem de Jerusalém, mas que esperassem a promessa do Pai, que (disse ele) de mim ouvistes. 5Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias. (At.1:1ao5)

                O primeiro tratado a que Lucas se refere, é o livro que ele escreveu antes dos Atos, o evangelho de Lucas. Neste resumo feito por Lucas ele sintetiza o que há de mais precioso na fé cristã, que é não somente a morte de Jesus, mas sua ressurreição, e as provas deixadas pela mesma. Vejo Lucas investigando os fatos antes de escrever seu livro como aqueles detetives seriado americano CSI, Lucas vai onde as pessoas não vão, ele realizou uma pesquisa de campo para elaborar sua mensagem, calculou o cuidadoso escritor que o Mestre fora visto por algumas pessoas pelo espaço de 40 dias, falando do que respeita o Reino de Deus. Lucas tem plena e absoluta convicção do que fala e do que escreve, ele diz algo sobre muitas e infalíveis provas. Não eram somente provas em quantidade, eram também provas infalíveis.
           
            1.2 – a eleição de Matias.
            Matias, (em grego, Mateus). Era um discípulo que tinha acompanhado Jesus desde o batismo até a ressurreição. Ele foi escolhido para substituir o Judas o escariotes, (que afinal, não morreu enforcado At. 1:18).
             Naquele tempo não era qualquer tipo de pessoa que recebia o título de apóstolo.  Primeiro que foi o próprio Espírito Santo quem designou Matias para ser “um” apóstolo (depois explico as aspas...). eles oraram antes,

            24E, orando, disseram: Tu, Senhor, que conheces o coração de todos, revela-nos qual destes dois tens escolhido 25para preencher a vaga neste ministério e apostolado, do qual Judas se transviou, indo para o seu próprio lugar. (Atos 1:24,25 RA).

            Hoje em dia, possuímos uma gama de apóstolos, bispos, reverendos e tudo mais... logo, logo, alguém já alertou, “haverá papas nas assembleias de Deus”. Me pergunto, quem foi que ungiu estas pessoas que hoje se apresentam com credenciais de apóstolos???
            Eu mesmo respondo: elas mesmas.

            Ninguém, quer submissão mais. As pessoas estão “se ungindo” para possuírem determinados títulos. Lembram-se quando Napoleão no momento crucial, quando na sua coroação para imperador toma a coroa da mão do papa, e coroa a si mesmo, como quem dizendo, “não conheço autoridade maior que a minha”.

            O papa estava ali, representando Deus. Precisa dizer mais alguma coisa?

Bom amigos, falta falar sobre:

2        – Evento pentecostal
3        – Eventos missionários

Propósito de Atos dos Apóstolos

1-      Narrar a expansão da Igreja
2-      Justificar os Atos dos Apóstolos
3-      Estimular os crentes

Conclusão


Ufa, falta muita coisa, não conseguimos chegar nem na metade do comentário da lição. Vou ficar devendo para vocês. Na sexta que vem voltaremos, só que comentando os principais pontos da lição 2 das lições bíblicas do 1. trimestre cpad.

Abraços e até sexta que vem...








               





domingo, 12 de dezembro de 2010

Lições no hospital com papai...


Oi amigos, faltam 20 minutos para meia noite.
É um sábado. É final de ano. E estou extremamente ocupado com tarefas relacionadas principalmente aos meus estudos.

Eu deveria estar em casa agora, fazendo qualquer outra coisa, menos estar onde estou. Mas fazer o que? A vida é assim, a vida é isso que vivo a cada momento. Num filme maravilhoso que assisti já não sei quantas vezes, por nome Adorável Professor, aparece uma memorável frase de John Lennon “A vida é aquilo que acontece enquanto você está planejando o futuro”. No filme estava traduzido assim: a vida é aquilo que acontece a nossa volta enquanto nós fazemos outros planos.

Fazemos nossos planos. Pensamos em nosso futuro. Sonhamos. Amamos. Casamos. Temos filhos. Outros loucos há que escrevem livros. Mas a vida não é só isso. Concordo com John Lennon, acontecem muitas coisas a nossa volta que em nós não há poder de controlar, nem de reverter. Que fazemos? Exercitamos nossa fé. Refletimos a vida e seu verdadeiro sentido. Unimos-nos aos nossos amigos e familiares. Procuramos mutuamente amenizar a dor uns dos outros. E pedimos a Deus que tudo termine bem. Para todos nós.

Enquanto dou minha vida ao meu pai. Como um gesto ridículo de gratidão por tudo que ele fez por mim durante seus 79 anos de idade, olho também para a maca ao lado, que acolhe um importante senhor que ainda não conheço, este foi acometido de uma enfermidade estranha que atinge a parte muscular do seu corpo, quando os médicos encostam nele, ele geme de dor.

Sinto vontade de agradecer a Deus pela minha juventude.
Pela saúde que tenho. E pelas certezas que há em mim. Sendo uma delas a de que um dia, caso eu não morra fatidicamente de algo que nem tenho ideia de que seja eu envelhecerei. E chegará um dia que não mais encontrarei contentamento em fazer tudo que faço hoje. A vida me terá levado para um lugar em que não escolhi e jamais pensei estar.

Como eu tenho certeza disso, fico longe das drogas. Não me deixo levar por vícios que possam comprometer minha dignidade, meu futuro e minha fé. Só tenho uma vida para viver aqui, e quero vivê-la de forma que minha eternidade possa ser desfrutada com Deus.

Tenho repetido aos jovens exatamente os conselhos de Salomão. Lembre-se de seu Criador nos dias de sua mocidade, antes que venham os maus dias, e cheguem os anos dos quais venhas a dizer, não tenho neles contentamento (Ec. 12).

Devemos aproveitar nossos melhores momentos, e compartilhá-los com Deus!!!

Precisamos pensar melhor tudo isso.



quinta-feira, 14 de outubro de 2010

POR QUE AMO A ESCOLA DOMINICAL? Parte 1

A Escola Dominical, é um movimento espiritual surgido já há alguns séculos.
Em janeiro deste ano, comemorei 10 anos de Escola Dominical e louvo a Deus por cada milhonésimo de segundos que ali passei, desde meus primeiros anos de vida, quando a irmã Neide Valentin me mostrava as belas figuras e me ensinava não o "ABC" mas o "OBEDECER" à Deus e aos meus pais.

Foram saudosos demais aqueles momentos, cresci. Faltam dois meses para terminar a faculdade (se o Inglês permitir é claro), e aquele amor que senti quando estava na Escola Dominical, só se fez aumentar, e digo sempre a minha esposa Rosana "não é possível!  Isso não é normal!". Por que tudo que vejo me faz pensar em Escola Dominical. Mas como esta é minha primeira mensagem postada em um blog, meu blog, e tem tantos blog por aí, (quer dizer, por aqui), falando de tantos tipos de coisas, que resolvi organizar este para falar de coisas que considero interessantes. Como por exemplo, por que, quais motivos existem para me fazer amar a cada dia a Escola Dominical? Vou tentar enumerá-los.

1-Aprendemos de fato a Palavra de Deus. E isso já bastava. Em uma boa Escola Dominical, não deve existir debates vazios, discussões sem direção, polemização ridículas sobre o nada, mas priorizo sempre o que "a bíblia diz". Me lembro dos meus idos tempos de menino, quando eu via num adesivo uma frase que dizia, "SE A BÍBLIA DIZ, EU CREIO". Gosto disso.

2-Não vemos jogos políticos e de poder numa Escola Dominical, sim, os políticos não gostam de Escola Dominical. Quantos você viu por lá alguma vez? Nasci num lar cristão, sou professor de Escola Dominical há 10 anos, tenho 29 anos de vida e nunca ví um medalhão em uma das nossas Escolas Dominical. As vezes que vieram, eram festividades de qualquer outro departamento, eles normalmente adoram uma grande festividade, mas ensino da palavra de Deus, não, disso eles definitivamente não gostam...

3-Não temos brigas por titulos e posições eclesiásticas numa Escola Dominical. Já ví pregadores discutirem, ficarem sem conversar um com o outro por causa de reconhecimento ministerial, ví também divergências sobre polemizações sem rumo em cátedras evangélicas, mas incrivelmente não vejo pessoas de alma pura discutindo um tema tipo "Como Fazer para Dinamizar o Ensino e Despertar o Interesse da Igreja para Frequentarem a Escola Dominical". Não, não temas assim não interessam, os outros são importantes.

4-Outro motivo que me faz amar cada dia mais a Escola Dominical, é que ela é um trabalho de menores visibilidades numa igreja. Por causa disso, não há lugar para os que querem aparecer às custas da obra de Deus.

E ainda há outros motivos pelos quais amo a cada dia mais a Escola Dominical, mas futuramente os irei enumerar.... afinal, já passa de meia noite, e preciso descansar.


no mais, um forte abraço a todos.